Do poder de controle no mercado de capitais brasileiro sob a análise da sociologia econômica

Thiago Salles Rocha

Resumo

O presente artigo pretende revisitar uma produção acadêmica publicada por este Autor em 2011, intitulada “Aspectos e consequências do poder de controle no mercado de capitais brasileiro” e criticá-la ante os novos conceitos da ação econômica e as críticas ao racionalismo econômico neoclássico empreendidas por Amartya Sen, Mary Douglas, Neil Fligstein, Jens Beckert e Roberto Grün. O objetivo é demonstrar que a conclusão obtida no sentido de que “sólidas evidências” apontavam correlação entre a concentração do poder de controle, uma política de dividendos ruim e desvalorização do valor das ações das companhias e do mercado de capitais em geral, pelo que se recomendava a adoção de práticas dispersivas de mercado e governança corporativa, desconsiderou importantes aspectos sociológicos, devendo ser revista. A partir da metodologia comparativa e revisão bibliográfica focada em conceitos de “estilo de pensamento”, “comunidades de pensamento” e mercado como uma “Instituição”, chegamos à uma nova conclusão no sentido que a elite empresarial brasileira foi hábil em se manter no poder de controle das Sociedades Anônimas brasileiras, mesmo após uma nova tendência potencialmente lhe desfavorável, apenas movendo parte de suas famílias da propriedade das ações, para os Conselhos Fiscais e de Administração, transformando a esperança de transparência em mera ilusão.

Palavras-chave

poder de controle; brasil; mercado de capitais; governança corporativa; comunidades de pensamento.

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